A maioria do povo brasileiro preferiu Lula, numa eleição de 2º turno, cuja apuração (teste pra cardíaco) foi acompanhada pelos brasileiros até às 20:15 horas deste dia 30.
O resultado, com uma diferença muito apertada, confirmou que vivemos hoje num Brasil rachado, com Lula alcançando 40,9% dos votos, que faltaram para Bolsonaro que somou 49,1% da preferência nacional.
De um lado a rejeição a Lula, + _ 40%. De outro, Bolsonaro com 51% dos brasileiros lhe negando o voto, num contexto em que sua candidatura foi relacionada a condutas como o lançamento de granadas contra policiais, uso de pistola para intimidar adversários ideológicos (episódio da deputada Zambeli), truculência com jornalistas e ao menos um caso de assassinato, na ocorrência em que o dirigente petista foi assassinado por um Bolsonarista em sua própria festa de aniversário. Isto sem falar das denúncias em que a PRF figura como ferramenta que pretendia evitar o acesso de eleitores de Lula às urnas do 2º turno.
Numa noite enriquecida por um pronunciamento em que Lula pediu pela união nacional, o presidente eleito falou como estadista e repetiu o propósito de garantir café da manhã, almoço e janta para todos, no primeiro discurso do presidente eleito. Se confessando renascido, depois que “tentaram seu sepultamento”, Lula evitou manifestações revanchistas e não atendeu a imprensa depois de seu discurso.
Primeiro presidente brasileiro que perde a eleição no cargo, Bolsonaro entra para a história colecionando ineditismos que lança na sarjeta sua passagem pelo poder.
Bolsonaro será lembrado como o primeiro que não conseguiu garantir o reconhecimento de sua obra junto a sociedade. Mas também foi o candidato do PL o primeiro que pediu voto escondendo os gastos do governo por decreto, distribuindo dinheiro público em ano eleitoral, alem de ter orquestrado manipulações como a que ocorreu com os preços dos combustíveis e os valores do auxílio Brasil (que não consta com o valor de R$600,00 na mensagem orçamentária assinada pelo governo).
Até às 21:21 horas, não havia registro de que Jair Bolsonaro tenha reconhecido a vitória de Lula
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